terça-feira, 24 de agosto de 2010

A Confraria do Atum em fotos...


fotos de Ernst-Otto Schreinert/Luis Aquilino/Confraria do Bucho Serrano/Confraria do Queijo da Serra da Estrela

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Fartura...

photo by pt-mk.blogspot.com

Confesso que quando chega esta altura do ano, tenho um tremendo sentimento de "fartura", das pessoas, das coisas, do que se faz e como se faz, enfim um perfeito enjoo.
É o governo, pela forma como responde aos problemas.
É no desporto, pela pouca vergonha que há e em particular no futebol.
É na vida social e política, pelo cinismo que corre.
Enfim... há momentos em que só apetece é comer um bom "charingo" e ainda bem que já ai vêm as festas...

Boa tarde.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

vontades, virtudes, beijos e abraços...


IN GOOGLE



Vontade contra a incompreensão
Virtude de saber dizer não
Beijos para quem merece
E um abraço que aquece

A difícil forma de estar
Estar aqui ou noutro lado
Sempre para dar
Nunca abandonado

O mundo que evolui
Fica difícil compreender
Se muito nos intui
Muito deixo a perder

Com boa vontade
Com grande virtude
Beijo é energia e vigor
Um abraço é fervor

ANTÓNIO CABRITA

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

e os meninos espanhóis continuam...a levar a nossa conquilha.

photo in site pescador.on-line.pt


O que se vê na foto é uma constante diária, é uma falta de vergonha, é um abuso dos espanhóis desrespeitando tudo e todos.
Põem em causa a sobrevivência dos nossos mariscadores, actuam como predadores sem qualquer preocupação com a continuidade da espécie.
Acresce que nem se preocupam se alguêm os vê e chegam a arrastar nas zonas delimitadas para os banhistas.
O grave de tudo isto, é que estas artes e muito bem - estão proibidas aos portugueses, estes castelhanos usurpadores, pelo contrário, entram aqui que nem conquistadores das américas.

URGE POR FIM A ESTA SACANAGEM.

Dias quentes de Agosto


in panoramio - photo by gab silva



Agosto, dias de calor
Dias de descanso
P’a uns com amor
P’a outros de enfardanço

Há meninos espertos
Há meninas pipis
Há bailes e partý's
Há muitos incertos

Em inglês, nomes são dados
Free-pass é livre-trânsito
Guest-list é lista de convidados
É a malta do risolzito

Setembro mês esperado
Vem depressa e fresquinho
O movimento é bom e desejado
Mas também queremos um descansinho


Os desenrascados, os espertos e os borlistas...

photo by ac


Nestes dias quentes de Verão - com as ondas de calor, também aparece por estas nossas bandas, uma “fauna” muito interessante, que se junta à existente. O espírito mais mesquinho – de muitos, vem ao de cima.
Vêm os “desenrascados”, os quais muitas vezes, para a boa resolução dos seus problemas, bem prejudicam os outros. Vejamos os “primos “ que se “colam” nitidamente entre nós – sem pagar nada, com roulottes, carrinhas, tendas em lugares proibidos, que estacionam em qualquer sítio, que pisam tudo, que fazem todo o tipo de lixo, no fundo que estragam…
É para estes, que alguns de nós, ainda temos contemplações e se admite e se discute que se cobre, ou não, taxas de estacionamento. Eu cá por mim - cobrava-lhes, à entrada do concelho de VRSA, uma taxa diária de estadia e ponto.
Conto-vos um caso concreto:
- Um casal de meia-idade, está estacionado e a viver – em férias, numa carrinha comercial, há uma semana, num dos parques de estacionamento da Manta Rota, junto a um dos chuveiros e lava-pés – dá jeito, dirão eles… há e a sanita, claro está - é nas dunas, ali a um "passinho"…
Mas também há os “espertos”, os quais proliferam essencialmente em zona chic, são tipos que vêm de sítios da treta e que por cá aparecem com ares de grandes senhores e que se referem a tudo, tudo sabendo e dando grandes “palpites” e que têm – eles, a pura convicção de que são vitais para nós e para nossa sobrevivência.
E há ainda uma outra categoria – os “borlistas”, os tais que se colam em tudo, confesso que não sei como, mas o que é um facto é que eles lá estão sempre. Uns porque são pseudo-vip’s, outros porque e porque e porque…
Pois é, são os custos do nosso turismo, há que ter paciência – dizem alguns, eu cá por mim adopto um procedimento fundamental – ignoro-os, mas sou de opinião de que não devemos ter meios-termos, que paguem e na justa medida em que todos pagamos.
Enfim, como estes todos, há muitos e não são só portugueses…
António Cabrita


quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Os portugueses têm valor?







A necessidade de nós valorizarmos – a nós próprios, é algo que nos faz muita falta. A nossa auto-estima, não pode ter tantas intermitências e não tem que estar ao sabor de meros resultados desportivos e ocasionais.
Os tempos que se vivem, levam-nos a descrer de tudo e por essa via, acabamos por não acreditar nas nossas capacidades.
Devemos olhar menos para – espanhóis, franceses, alemães e afins e mais para nós, para as nossas realidades – assumindo que os fracassos também fazem parte das nossas vidas, o medo a perder tem que ser combatido – a derrota, é algo que é normal e só assim se compreendem melhor as vitórias.
É importante aportarmos contributos para os problemas, contrariando a tendência para esperarmos que alguém faça por nós. Porque não trocarmos a expressão - “o que devo fazer?”, por um genuíno – “vou fazer assim”.
Nós temos e devemos - de uma vez por todas, que optar pelo “decidir fazer”.
Mas analisemos, a vertente das correntes que geram e formam opinião. São eles os comentadores, os políticos, os jornalistas – os “líderes de opinião”.
Este grupo social tem muita culpa, no pessimismo generalizado que impera.
O que nos valem as leituras e análises de números e casos – onde se ressalvam situações, nas quais impreterivelmente, o nosso país fica sempre no fim.
Temos que ser mais optimistas, menos “bota abaixo” e sobretudo mais simples e esclarecedores e esclarecidos nas opiniões que se emitem.
Julgo que as crises que vivemos - seriam melhor compreendidas, se todos aqueles que as explicam, não o fizessem em função de interesses específicos, mas sim do interesse geral.
Os políticos são na sua maioria – gente de bem, pessoas que dão o seu melhor em prol do bem comum e das ideias que defendem. Há uma tendência para “meter tudo no mesmo saco”, o que é errado.
Importante sim é que se denuncie o prevaricador e a justiça seja célere no castigo.
Quem nos governa (independentemente do partido) – fá-lo com boas intenções e não será por eles, que não se conseguirá melhorar. Não é nada bom o descrédito da classe política, pois o mesmo só contribui para elevar o nível de pessimismo.
Mas passemos, para outro nível da análise, o dos “tostões” ou dos “cêntimos” e uma coisa é evidente, em Portugal gastamos acima das nossas possibilidades, gastamos mais do que aquilo que temos ou produzimos.
A partir deste ponto entram todas as teorias e os interesses individuais e lá vai a nossa auto-estima ao “trambolhão”… e cá está “o pobre do português que não vale nada e o estrangeiro que é muito bom”…
A esquerda insiste na taxação dos ricos – “que paguem a crise” e, claro quem conhece e sabe, até pergunta:
- Onde estão esses grandes capitais?
A direita bate na tecla - já batida do despesismo do estado, mas depois lá vem no apoio aos “pobrezinhos”.
Pelo meio existem uns quantos – classe média, que vão “entrando e entrando”, com dinheiro, com paciência e que são os que ainda têm esperança num Portugal melhor.
Parece-me que tudo seria mais fácil se fossemos mais racionais nos gastos – todos, desde o mais pequeno ao maior, passando pelo Estado e por cima de tudo que soubéssemos ser solidários, nunca esquecendo que o bem público é um património de todos e que tem que ser bem gerido e respeitado.
Uma forte educação para a cidadania, é crucial – sabermos aceitar sacrifícios, sabermos partilhar dificuldades, nunca perdermos a esperança e darmos todos os contributos possíveis.
A nossa auto estima tem pois que ser revigorada, temos que acreditar que no nosso país é possível, temos que ser bons cá e onde for preciso.
Quando nos apreciamos a nós próprios e nos consideramos capazes para tudo, deveríamos de imediato sair de casa e fazer isso publicamente - para que nos ouvissem, sem timidez – atitude fundamental.
Eu acredito no meu país e nas suas gentes.
E se me perguntam se os portugueses têm valor, eu respondo:
- Têm, sim senhor.

António Cabrita
VRSA, 5/8/2010