terça-feira, 26 de abril de 2011

Caldo da Léria, por João César das Neves

Não resisto a reproduzir o texto seguinte, que é da autoria do Professor João César dasNeves.



Muita gente anda compreensivelmente angustiada com a situação nacional. Estranha é a quantidade de pessoas que se dizem desorientadas, sem ver saída. A crise é grave, mas a solução é fácil. São só três coisas simples: deixar-se de tretas, apertar o cinto e trabalhar mais. A mais difícil é a primeira.
Vivemos há anos mergulhados em caldo de léria. Por exemplo, nesta grave crise existe uma pessoa imaculadamente inocente: José Sócrates. O senhor primeiro-ministro, que há seis anos só executa políticas excelentes, reformas decisivas com resultados históricos, não tem culpa nenhuma. O mal vem todo da crise mundial, da Europa, dos mercados e agência de rating.
Não tem Sócrates razão para culpar a crise? Sim, como Madoff. Ambos viram os seus esquemas denunciados pelo colapso do Lehman Brothers. Na gestão Sócrates, a dívida externa bruta total de Portugal (pelo conceito do FMI) aumentou 147 mil milhões de euros, o dobro do buraco Madoff. Quando chegou ao poder em 2005, essa dívida era 168% do PIB. Em meados de 2008, antes do Lehman cair, já subira para 206%, estando agora nos 233% que nos arruínam. Cresceu mais nos anos do sucesso que desde então. Aliás, aumentou precisamente por causa do suposto sucesso. Assim para os portugueses, como para as vítimas de Madoff, a crise veio a tempo de evitar ainda pior. "Quando a maré baixa é que se vê quem nada nu", disse Warren Buffett em 2003. Se o Lehman só falisse este ano, então é que a nossa ruína seria completa.
Mas as piores tretas não estão nas finanças, embora futuros orçamentos revelarão que surpresas os "resultados históricos" nos reservam. A razão verdadeira das dificuldades está na paralisia da economia. Aí o caldo é espesso. Durante seis anos, o Governo encheu a boca com obras estratégicas e planos tecnológicos. Entretanto, a produção estagnava e o desemprego disparava. Foi também a crise mundial? Não. O aparelho produtivo português foi estrangulado com boas intenções e resultados históricos.
O Governo, pela brutalidade do fisco, ASAE e afins, defende o consumidor, ambiente, saúde, cultura, futuro, etc. Só prejudica as empresas. Como disse o senhor Presidente da República no discurso de posse: "É importante reconhecer as empresas e o valor por elas criado, em vez de as perseguir com uma retórica ameaçadora ou com políticas que desincentivam a iniciativa e o risco. No actual contexto, são elas que podem criar novos empregos e dar esperança a uma geração com formação ampla e diversificada e que não consegue entrar no mercado de trabalho."
Além de arruinar a economia e as finanças, o pior foi o desmiolado ataque contra a família em nome da «modernidade», que levou Portugal à menor fertilidade da Europa Ocidental. Isto, além de paralisar a economia e arrombar as finanças, compromete o futuro nacional por gerações.
A cegueira ideológica aqui foi criminosa. Um homem só, mesmo apoiado por um governo, não chega para criar um drama desta dimensão. A maior das tretas é atribuir todo o mal aos políticos. É verdade que o consulado Sócrates deixa o país de rastos em termos financeiros, económicos, sociais e até morais. Um verdadeiro resultado histórico, só comparável ao de Afonso Costa. Mas esse efeito deve-se à sociedade portuguesa, que Sócrates apenas representou. Afinal, na dívida externa, a parte pública é apenas um quarto.
O mal foi acreditarmos nas tretas. A sociedade é democrática e aberta e as lérias foram sempre sucessivamente aplaudidas. Apesar das repetidas denúncias feitas por organismos internacionais, análises económicas, escândalos políticos, opiniões jornalísticas, o povo acreditou sempre. Com tal ingenuidade, Portugal pode estar prostrado; não pode é estar surpreendido.
Agora que fazer? Trocar o Governo é fácil. Difícil é mudar mentalidades. Não apertamos o cinto porque os furos estão tapados. Não há trabalho porque não se pensa em criar empregos e procuramos os que gostamos e não os que há. Quando se ganham hábitos de rico, custa regressar à realidade. Se ao menos nos deixássemos de lérias...

quinta-feira, 14 de abril de 2011

a treta que são esses que se chamam - homens da luta





NÓS PORTUGUESES TEMOS UMA TENTAÇÃO TREMENDA PARA GOSTAR DE COISAS BANAIS. NESTA ESCOLHA INCLUEM-SE "OS HOMENS DA LUTA", DOIS PALERMAS A DIZEREM BANALIDADES E, CLARO, CÁ ESTÁ - TODA A GENTE ACHA GRAÇA.

É POR ESTAS E POR OUTRAS E NADA MAIS QUE ESTAMOS COMO ESTAMOS, APRECIAMOS A VULGARIDADE E ODIAMOS O BEM FAZER E O FAZER DIFICIL.



BOM DIA E PASSEM BEM...

segunda-feira, 11 de abril de 2011

DE UMA VEZ POR TODAS - CHEGA...

■SERIOS E HONESTOS SÃO OS DA ESQUERDA - "ESSES HERÓIS".

■USURPADORES, VIGARISTAS E DE BAIXA CULTURA SÃO OS DA DIREITA - "ESSES MALANDROS".

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ESTA CONVERSA DE CACA, TEM MUITOS ANOS E CHEIRA A ESTURRO, É REPETITIVA, ENVOLVE TODOS OS CROMOS, QUE POR DEBAIXO DA CAPA DE SÉRIOS TÊM LIXADO ISTO DE ALTO A BAIXO...
E,AGORA, JÁ SE ESTÁ A VER QUE NÃO QUEREM DEIXAR O PODER NEM POR NADA - É O SOCRATES A CHORAR, SÃO OS MILITANTES ANÓNIMOS - COM TACHOS, A LIGAR PARA TUDO O QUE É FORUNS A DIZER QUE O PS É QUE É BOM, É NA LINGUAGEM COMUM OUVIR TRETAS SOBRE A DIREITA E SOBRE O QUE A MESMA VAI TIRAR, CLARO PORQUE A MESMA NUNCA DÁ - SÓ TIRA.
CONFESSO QUE IDEOLOGICAMENTE NUNCA ME SENTI DE DIREITA, MAS COM O EVOLUIR DAS COISAS CADA VEZ TENHO MAIS NECESSIDADE DE DIZER QUE O SOU.
SOCRATES/LOUÇÃ/JERÓNIMO VÃO MAS É TRABALHAR MALANDROS... VÃO ENGANAR PATEGOS E DEDIQUEM-SE À CULTURA - CLARO CULTURA DO LINGUEIRÃO... OU DE OUTROS MARISCOS - É BOM PARA A PRODUÇÃO NACIONAL.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

a responsabilidade que é pedida ao "Sor Enginhero"...

A RESPONSABILIDADE QUE O "SOR ENGINHERO" SÓCRATES, TANTO PEDIU AOS OUTROS, DEVERIA AGORA SER ASSUMIDA POR ELE E DEIXAR-SE DE TANTA QUEIXA DE COISAS DAS QUAIS É O UNICO CULPADO.

O FACTO DE PODERMOS TER UM HORIZONTE DIFERENTE PARA MELHOR (AINDA QUE COM MUITO ESFORÇO), JÁ SE COMEÇA A REFLECTIR NA RESPOSTA DOS MERCADOS - VERDADEIROS "TERMÓMETROS" DA SITUAÇÃO.

TENHAMOS ESPERANÇA PORQUE A VIDA NÃO ACABA...

sexta-feira, 1 de abril de 2011

OS REMÉDIOS DA CRISE E PARA TODAS AS CRISES...

in sindifastfood.org.br

betadine e dolviran
compensam e aspirina
na cadeira ou no divan
toma o menino e a menina

xanax e benuron
brufene e anfetamina
mercucromo é que é bom
na ferida grande ou pequenina

diz a velhota - ai!ai! que dor
que sofrimento agudo
creia o senhor doutor
já tomei de tudo

mas, então minha filha
uma volta deves dar
vai pró campo, vai prá ilha
respira bem e toma ar…

mas pode ser “mixaneira”
pode ter cura demorada
e se for “caganeira”
tá a coisa pendurada…

relaxe - então
calma e juízo
supositório à mão
é tudo o que é preciso

temos crise, temos coisas
económica e das idades
vê lá onde poisas
e deixa-te de vaidades…

por hoje termino
o diagnóstico é complicado
peço a todos muito tino
e receito gurosan reforçado…


António Cabrita
01/04/2011