quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

O faziboki, a grande ilusão da virtualidade escrita.

Faziboki, o requiem,
que é xodó da burrice,
onde todos aportam nada.

Vertem-se grossas e cheias
lágrimas de crocodilo,
lamentos tontos e piegas
e há análises de elevada...
quantidade de vazio.
Vale a pena estar por aqui, para ver
a incultura que grassa,
tanta gente que mal sabe escrever,
mas de ar aristocrata - quando nele passa.

Pegue-se nas coroas - feitas meninas,
o prazer que têm,
em contar anedotas picantes...
(falta-lhes o piri-piri - talvez).

Ai Ai faziboki,
quem te fez?
E como te fez?
No que estaria a cogitar?
E vai foto.
E vai filme.
E vai por ai, anda - vai, vai mesmo...

Mas pensa, pensa sempre,
dá lições e imagina... o que te apeteça,
chama bruto e burro a quem sabe
e elogia a ignorância.

E cá vamos alegremente
a caminho do nada
porque nada somos
e o pouco que temos
para nada serve...

ou serve para o triste faziboki.

Boa noite "estarolas" da virtual escrita...
António Cabrita
24-01.2013
na calma da Manta Rota

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Sou de água...

photo by agostinho gomes


Sou de água
Barrenta,
Para os tempos, que correm.

Sou de água
Límpida e azul,
Para os tempos, que espero.

Sou de água
Porque nada tenho,
Mas transporto…

Sou de água
Porque o que tenho,
É sal…

Sou de água
Porque mantenho
A minha liberdade

Sou de água
Porque procuro
Sempre mudar, o que mal está…

Sou de água
Sempre de água
Transparente e clara
Sempre lúcido.

 

António Cabrita
VRSA, 10.01.2013

Nem deixaremos de comer, nem se acabará a confraria do atum...

Photo by Ernst-Otto Schreinert, in Portimão 2012 - capitulo Gastrónomos do Algarve

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

recados - cantando e andando...


Até hoje tenho defendido o actual governo,
porque compreendo e sei do estado em que estamos,
mas quando me passam atestados de ignorância
e quando me sinto tratado como um "anjinho",
puta que os pariu...



mas,



Atenção não se iludam
doces humanos
eu sou dos que não mudam
ainda que não me cale - assumo que sou incómodo...


António Cabrita
VRSA, 11 de Janeiro de 2013

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Vamos almoçar ?

Quantos poderão dizer isto?
Dá que pensar e questiono-me do porquê da minha dúvida...
Porque cheguei a isto ou chegámos, onde andamos e por onde viemos?
Não é de hoje, é de sempre, não é dos outros - é culpa de todos, todos e muito...
"Eu não tenho nada que ver com isto", frase, lugar comum, alienação de culpas, passar ao lado...
Tudo hoje, leva - ainda que digam que não, ao individualismo, o que é mau e pouco racional, não se pensa nos outros e não se pensa - ai muito menos, no colectivo.
Mas vamos almoçar e depois logo se verá, por enquanto ainda podemos ir almoçar...

Manta Rota, 6/1/2013
António Cabrita.