Que elemento, é o tempo.
Que vontade tenho de o apertar.
Como passa,
como corre.
Já dizia o “Papalagui”,
Que nós – os europeus,
o queríamos controlar,
em pequenas “coisas” – no pulso…
Mas ele passa mesmo,
as meninas de ontem,
hoje – são mulheres.
Que tal como ao tempo,
gostaria de as “apertar”…
Apertar, talvez controlar,
como pai, como alguém mais velho,
mas o tempo, a vida, passam.
Passam e o mundo avança.
Bem, mal… avança.
É o tempo de cada um,
está a chegar o tempo delas.
E lá vamos, é a vida…
para as minhas filhas – Mercedes e Fátima.
António Cabrita