A crise nestes dias incentiva o "deboche verbal", a verborreia é tremenda, aqueles que apoiavam e que agora não têm qualquer coisa - que lhes faz falta, ofendem, "pseudo-denunciam" e acima de tudo são de uma ingratidão doentia.
Os tempos são de solidariedade de dar um pouco, do pouco que temos, no fundo de partilhar, só que o momento e o tipo de pessoas que temos, vão mais para o eu, eu, eu, eu, e...depois eu.
Vila Real de Santo António, é a "terra do faz de conta", onde todos olhamos para algum sítio, mas todos sempre para sítios diferentes - de preferência. Temos que encontrar culpados de tudo, porque "nós não somos" e viramo-nos para aqueles que em tempos bajulámos até à exaustão, pois esses agora são os maus, no fundo os culpados.
Sou natural de VRSA, mas por vezes tenho dificuldade em compreender as pessoas, julgo que na maioria existe maldade e maus fins na forma de encarar a realidade e o invocar nostalgicamente outros tempos é uma forma tonta de estar e não estar ao mesmo tempo. Para muitos seria interessante mandá-los para os tempos que recordam e que vivessem nas condições de outrora.
É pois esta forma estafada de viver, sem perspectivar o futuro, olhando pura e simplesmente para o presente, onde perdura o interesse pelo interesse - mesquinho e mesmo "animal", individualista e nada solidário, que caracteriza muitos cidadãos.
Mas cá seguimos, eu continuarei lutando contra a ingratidão e os maus princípios e ignorando os desvarios de alguns...
Termino com a consciência plena, de que qualquer um - dos referidos (intuitivamente), hoje com toda a facilidade pode dizer e escrever todo o tipo de barbaridades e asneiras nestas redes sociais...
Enfim gostos e muita ingratidão.
Bom dia…
António Cabrita
