Sou um apoiante de primeira hora, da fusão dos
concelhos do baixo Guadiana.
Na
última sessão da Assembleia Municipal de VRSA e perante uma proposta da bancada
do PS – formulada pelo Dr. João Ribeiro, não duvidei em votá-la favoravelmente.
Tanto mais, que eu próprio, já por diversas ocasiões abordei este assunto.
Confesso
que não esperava, o que se tem seguido, com toda uma panóplia de comentários de
pessoas que me merecem consideração e a quem sempre manifestei respeito e
admiração – e em contrapartida senti-me alvo de abordagens muito pouco
dignificantes.
Mas
falemos sobre o que se propõe (penso eu) e sobre o que se pretende (penso eu):
1.
Estudar a hipótese de se criar um novo concelho;
2.
Dar dinamismo a uma região que tem dificuldades
em se transformar qualitativamente e de uma forma diferente do que se faz
atualmente;
3.
Dar unidade territorial a todo o baixo Guadiana;
4.
Expressar no concreto aquilo que muitas pessoas
manifestam em surdina;
5.
Criar valências reais – geradoras de oportunidades
para toda a população:
·
Hospital,
·
Zona industrial e de negócios,
·
Dignificação de frente de mar e de rio,
·
Aproveitamento do rio Guadiana,
·
Unidade geográfica de todo o território,
·
Otimização de recursos em geral.
6.
Potencialização das freguesias de todo o baixo
Guadiana;
7.
Ganhar dimensão como concelho e como sub-região
algarvia.
Tudo
isto a ser conseguido terá que ser de acordo com uma vontade expressa de todos
os atuais concelhos e das suas populações, nada deverá ser feito contra a
vontade das mesmas.
E
pergunto, o que tem esta mera manifestação de intenções de antidemocrática, que
direitos divinos têm certos senhores para expressarem os dislates que deitaram
cá para fora.
Alguns
imaginam-se mesmo eternos, mas para isso têm outras funções para continuarem a
defender os seus concelhos, sem necessitrem de ir para outros.
E
aos catedráticos da histótria, pergunto será que a mesma não admite mudanças no
futuro, a ponto de sempre indicarmos os factos históricos para nada fazermos.
Pelo
meio também aparecem os imobilistas da cdu, esses então - por tacticismo
político em nada mexem.
Sou
consciente do que defendo e julgo que o que pretendo é conseguir que a minha
região seja melhor, eventualmente não já para mim – os prazos serão largos, mas
para os meus vindouros.
António Cabrita
13 de Setembro de 2012