quinta-feira, 20 de agosto de 2015

ao senhor da publicidade paga

Diz o senhor que paga a publicidade no Jornal do Algarve​, na edição de hoje:
"O que perdemos // O que não queremos perder".

E depois fala em razões externas e internas... bem o senhor da publicidade lá saberá, o que tem sido aquilo que ele quer - ao longo de todos estes anos, em que está com todos os que governam, mandando bitaites apenas e tão só de acordo com os seus interesses individuais.

Fala em portagens para baralhar e jogar com as outras portagens, bem o que seria de esperar de alguém que em devido tempo até propôs que a Ponte Internacional do Guadiana só fosse inaugurada depois do Verão.

Já agora, senhor da publicidade paga o que são isso dos estudos científicos?

E já agora senhor da publicidade paga, pergunto-lhe diretamente - a população de VRSA, deu-lhe algum mandato a si, o senhor concorreu às eleições?

Nota: vejo e reparo na forma como traz todos os que o rodeiam bem instruídos, família e empregados, pelo que me toca tenho a dizer-lhe que me passa ao lado.


António Cabrita.
VRSA, 20.08.15


terça-feira, 4 de agosto de 2015

SOU

Sou de um rio,
sou de um mar.
A areia e o lodo,
são meus padrinhos.

Vislumbro o horizonte
na sua imensidão,
onde os azuis se misturam
e se fundem,
num bailado de emoção

Sou navegante de palavras,
de um mar que digo meu,
onde chega o rio amigo,
onde o céu azul,
põe a capa que os entrelaça

Sou do sal e da areia,
sou do atum e da sardinha,
amo a água que nos abraça.
Sou do sul e do sol
sou do calor e do vento
amo aquilo que me dá o tempo.

E sigo e seguirei,
a minha navegação,
a minha escrita.
E as palavras que uso,
os desejos que expresso,
são a marca que vos deixo.

ac
mr, 04.08.15

sábado, 1 de agosto de 2015

Misturei-te

    Guardei-te num cadinho
    Onde juntei erva Luísa
    Luzerna e cominho
    a quantidade precisa
    Temperei ao lume
    Com pó de pedra
    E flor de sal
    Juntei ciúme
    Inveja e desejo de mal
    Que mistura
    Que explosão
    Levantei fervura
    E ai de quem disser não...

    Aqui nesta escura
    Mística e solitária
    Cova de perdição
    Continuamos na nossa infusão
    Que venha a água
    Para misturar
    Para o povo provar

    Prove, provem
    Gente boa
    O tempo é de provas
    Nesta terra de boas novas
    E velhas também
    Vamos seguindo caminho
    E de bom empenho
    O momento é de expectativa
    E de muito engenho
    A alma está viva.

    Que o breu
    De lugar à luz
    que venha o dia
    que venham as cores
    misture-mo-nos com a felicidade
    da natureza
    do meio que nos envolve
    sim à vida
    não às trevas.

    ac

    in Estórias de Assombrar - Castro Marim - Noite de Lua Cheia - Revelim