domingo, 8 de janeiro de 2017

Da minha terra

Da minha terra
Vejo outro pais
Da minha terra
Abro horizontes

Somos momentos
Somos imagens
Que fixamos
Que guardamos

A palavra marca
A imagem que retenho
O momento é bom
E único

ac/vrsa
5.1.17


segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

Felipe Zapico apresentou na eurocidade do Guadiana a sua última obra - vados de paso oculto.

                E o fluxo de água poética, do Guadiana “extremeño”, veio à sua foz, fez-se o encontro dos poetas do Guadiana.
                Isto com o pretexto da apresentação do último livro de Felipe Zapico – “ vados de paso oculto”, com edição da Editorial Crescida, na colecção dos livros de extraperlo.
                Foi uma actividade tripartida, que começou na Casa Grande – Ayamonte (30.12), passou por Cacela Velha e terminou em Vila R. Stº António, na Casa da Marioneta (31.12).
                Marcos Gualda, apresentou o livro com sabedoria, evidenciou os seus conhecimentos sobre o autor e referiu o seu passado de “viejo rockero”.
                Houve leituras muitas, nos 3 locais citados e por fim na Casa da Marioneta e perante e com os fundadores do movimento dos poetas do Guadiana, deu-se um momento puro e natural sobre o que queremos para o futuro, o que somos e o que faremos e isso foi bom e provou que há caminho para a andar e com força.
                Ainda sobre Zapico, teremos que dizer que se trata de um mestre, de um académico, que marca um estilo, que dá gosto ouvir, que não escreve por mera casualidade, bem pelo contrário escreve com muita consciência do que pretende e têm uma forte participação do ponto de vista social e de intervenção em tudo o que o rodeia. A obra apresentada reflete bem estas notas que aqui deixamos e como diz o autor no poema da página 77:
               
 He sobrevivido a tres o cuatro
crisis sociales
y no ha pasado nada,
he sobrevivido a diversas crisis
personales,
he sobrevivido a una catástrofe mayúscula
y no ha pasado nada,
 estoy sobreviviendo al penúltimo
susto
y
así pasa la vida.
Nos tienen tan
entretenidos en
sobrevivir
que nos desocupamos
de
v
i
v
i
 r.

                    Pois é mesmo assim vamos mas é viver a vida com tudo o que a mesma tem de difícil.
                    Obrigado amigo Zapico, Gracias.

ac/vrsa
02.01.2017