E o fluxo de água poética, do Guadiana “extremeño”, veio à sua foz,
fez-se o encontro dos poetas do Guadiana.
Isto com o
pretexto da apresentação do último livro de Felipe Zapico – “ vados de paso
oculto”, com edição da Editorial Crescida, na colecção dos livros de extraperlo.
Foi uma actividade
tripartida, que começou na Casa Grande – Ayamonte (30.12), passou por Cacela
Velha e terminou em Vila R. Stº António, na Casa da Marioneta (31.12).
Marcos Gualda,
apresentou o livro com sabedoria, evidenciou os seus conhecimentos sobre o
autor e referiu o seu passado de “viejo rockero”.
Houve leituras
muitas, nos 3 locais citados e por fim na Casa da Marioneta e perante e com os
fundadores do movimento dos poetas do Guadiana, deu-se um momento puro e
natural sobre o que queremos para o futuro, o que somos e o que faremos e isso
foi bom e provou que há caminho para a andar e com força.
Ainda sobre
Zapico, teremos que dizer que se trata de um mestre, de um académico, que marca
um estilo, que dá gosto ouvir, que não escreve por mera casualidade, bem pelo
contrário escreve com muita consciência do que pretende e têm uma forte
participação do ponto de vista social e de intervenção em tudo o que o rodeia.
A obra apresentada reflete bem estas notas que aqui deixamos e como diz o autor
no poema da página 77:
He sobrevivido a tres o cuatro
crisis sociales
y no ha pasado nada,
he sobrevivido a diversas
crisis
personales,
he sobrevivido a una
catástrofe mayúscula
y no ha pasado nada,
estoy sobreviviendo al penúltimo
susto
y
así pasa la vida.
Nos tienen tan
entretenidos en
sobrevivir
que nos desocupamos
de
v
i
v
i
r.
Pois é mesmo
assim vamos mas é viver a vida com tudo o que a mesma tem de difícil.
Obrigado amigo
Zapico, Gracias.
ac/vrsa