em agosto quente e seco como Deus o fez
de calores que já não lembram a ninguém
cruzei neste dias de fim de mês
coisas boas e coisas de coração
de prazer e degustação.
na sexta em começo e tamanho
entradinhas à maneira de queijo e compota
enchidos de porco de bolota
e uma prova de carne do mesmo
grelhadinha e "saborosota".
passei pelo passado e "medievalei" com comidas de antanho
escabeche de cavalas em vinagre de cidra
empada de atum e salada de abóbora assada e requeijão
sopa rica de peixes e mariscos
barriga de porco ibérico com migas
e fui uma enchidela das antigas.
no sábado então convivi
com compadre que há muito não via
e com uma bela de uma fritada de choco e biqueirão
acompanhadinhos de uma salada montanheira
e à maneira
pela tarde noite
foi o atum que imperou
maionese, estupeta e lombinhos no forno
na confraria que me cativou, a do atum
e catrapum.
em casa no santo domingo
fiz uns bons de uns salteados
de camarão, cogumelos e assados
batata, ovos e manjericão
e fechei o dia
com o famoso arroz de lingueirão
na companhia de casal
também da gastronomia.
e a tudo isto amigos,
chamo eu - poesia gastronómica
nem boa nem má é aquela que eu gosto
é elegante e também cómica.
ac/mr
28.08.16