quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

à laia de balanço anual

ano de invenções
a nivel nacional
voltaram os aldrabões
vendem-se de novo ilusões

menos mal
que a vitoria no euro
foi um bem real
para Portugal

um dos velhos casmurrão
teimoso e laivoso
continua no não
e sempre vaidoso

o outro velho
outro presumido
respondão, verdelho
e cagão intrometido

e eis senão
que o mentiroso mor
está de volta
lembrou-se de nós

e para além disto
muita gente a descobrir
que canta

e para além disto
continuamos bacocos
abrindo braços a qualquer pantomineiro.

à parte tudo
e tudo à parte
cá seguimos...

Um bom ano 2017

ac/vrsa
29.12.16




terça-feira, 20 de dezembro de 2016

tu ki fai

i tu ki fai nini
nini na fai na
u me ti zangui tu
si molto molto
tu si que é un zangoni
molto zangoni
rispondoni
vai fare pipi
i caca si
pa mi amici gigi
Feliz Natal e Próspero Ano Novo e muita paz na terra
ac/mr
20.12.16

sábado, 17 de dezembro de 2016

Apresentação dos livros – “45 poemas tontos y 8 latigazos” (Eladio Orta) e “Los poetas del Guadiana en los médios de comunicación” (José Luis Rúa), em VRSA.

             Na ultima 6ªfeira – 16 de dezembro de 2016, na biblioteca Vicente Campinas em VRSA, os amigos Eládio Orta – ayamontino e do Campo de Canela e José Luis Rua – alcoyano e ayamontino de adopção, deram a conhecer os seus últimos trabalhos.
               
Eládio, apresentou o livro de poemas:
            “ 45 poemas tontos y 8 latigazos”, o qual dentro da sua linha de escrita está muito de acordo com o que autor faz e o que faz é de grande qualidade, de profunda critica social e politica e revela sempre todo o humanismo que tem dentro de si.
           Para além da originalidade de ser um livro publicado em A6, completa um período de grande produção literário do autor. Trata-se de alguém que usa o humor com grande sentido estético e literário no que escreve:
                “ por un descuido imperdonable
                   debió de comprar la chaqueta
                   con un botón de menos
                   o un ojal de más “       
               E é sempre um gosto ouvi-lo recitar tudo o que escreve.

               Rua, por sua vez apresentou-nos um livro que recolhe praticamente tudo o que a imprensa escrita publicou nos últimos 4 anos sobre o colectivo dos Poetas do Guadiana.
                Um trabalho para a posteridade, de grande sentido organizativo e informativo por parte do autor, no qual demonstra todo o seu altruísmo, sentido do comum e da repartição, dando e revelando tudo o que ele e os seus pares (os poetas) fazem aqui nesta cantinho da foz do guadiana. E tal como diz o autor:
                “... la difusion que ha permitido el conocimiento y existencia del grupo de Poetas del Bajo Guadiana, conocidos como “Los Poetas del Guadiana”, se debe fundamentalmente a los medios de comunicación…”
                No final houve uma animada conversação entre os todos os participantes, o que serviu para podermos classificar que a “Assembleia Geral” dos Poetas do Guadiana decorreu de forma bastante aceitável e que o colectivo continua forte, vivo e com muitos projectos para o novo ano 2017, prova disso é tudo o que já está marcado para Janeiro.


                Até ao fim do ano falta a vinda do amigo Filipe Zapico – professor de literatura na Universidade da Extremadura - Badajoz, entre 29 e 30 de Dezembro, por Ayamonte, Cacela Velha e VRSA, para apresentar o seu ultimo livro, edição da “nossa” Editorial Crecida.

ac
mr, 17.12.16











quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

A RESPEITO DE VELHACOS...

VELHACO É
QUEM NÃO QUER
VER EVIDENCIAS

E PASSA A VIDA
A OFENDER OS OUTROS
SEM SABER OS MOTIVOS

BASEANDO-SE EM ARGUMENTOS
QUE NEM OS COMPREENDE,

A SEU TEMPO
VEREMOS AO QUE TUDO ISTO
NOS LEVA E COMO LEVA,

EU SÓ ESPERO
QUE A DAR-SE OUTRO TRAMBOLHÃO
NÃO SEJAM OS PARVOS DO COSTUME
A ARCAR COM AS CULPAS
DE POR A COISA NOS EIXOS.

O COMUM DOS CIDADÃOS
GOSTA TANTO QUE LHE DIGAM COISAS BONITAS

...AINDA QUE O ENGANEM.

ac
vrsa, 14.12.16


sábado, 10 de dezembro de 2016

José Cruz apresentou em VRSA, o seu ultimo livro - "Águas Vivas de Levante"

Esta sexta-feira, 9 de Dezembro de 2016, tivemos a oportunidade de assistir à apresentação do último livro de José Cruz, na Biblioteca Municipal Vicente Campinas de VRSA.
Perante uma sala cheia, ouvimos o que de novo nos escreve o autor e o que escreveu é maravilhoso, ficamos com “água na boca” para o futuro.
Estamos em presença do 1º de três livros que são o discorrer pela história da nossa terra, depois de 1711.
Tem escrita escorreita, bem “gestionada”, que nos dá uma visão muito abrangente das realidades que nos antecederam, as quais importa conhecer, para sabermos das nossas origens.
Tudo o que se descreve ou ocorre tem sempre uma solução ou resposta.
José Cruz é tão perfecionista que ao longo da obra nunca deixa uma ponta solta,
As vidas de Mariana e do Padre Brandão estão pendentes do 2º livro, venha ele então.
Deixo um grande abraço ao autor, aquele que para mim tem sido uma referência nesta “coisa” das escritas.


ac
mr, 10.12.16






domingo, 4 de dezembro de 2016

NO MAR E PARA O MAR.

a vida tem muito de visão maritima, há os enchalhados e os desencalhados. quando desencalhados passam a atracados. a seguir dão o nó e ficam amarrados eis que vem, então o tempo da navegação a vida vai por ondas e boas marés o mau é quando a coisa transborda a ondulação agita e alguém sai fora de borda voltam os encalhados ac mr, 04.12.16


sábado, 3 de dezembro de 2016

Apresentação do livro de poemas: "Se ao menos eu fosse verde...", de Paula Amaro

Esta tarde, quando o tempo convidava a estar em casa mas contrariando esse desiderato com uma sala muito bem composta, na biblioteca municipal Vicente Campinas, em VRSA, tivemos o grato prazer de assistir à apresentação do livro:
- " Se ao menos eu fosse verde...", da autoria da poetisa Paula Amaro.
Trata-se de autora que começou a escrever nos longínquos anos 60, em Moçambique e que ao longo de todos estes anos nunca deixou de o fazer, ainda que só agora saia o seu 1º livro.
De qualquer forma, muitos dos seus poemas já eram conhecidos através das redes sociais e em particular do facebook. Sendo que se trata de pessoa que também integra o coletivo Poetas do Guadiana, para além de ter colaborado na obra “Terra Luz”, uma iniciativa da Casa do Algarve, em Lisboa e na qual participaram vários autores algarvios.
Na apresentação e na mesa estavam:
São Cabrita – Vice-Presidente da CM VRSA;
Helena Araújo – amiga da autora, professora de português e que fez a recensão da obra de uma forma tremendamente agradável;
• José Estevão Cruz – que colaborou na edição do livro, fez  uma apreciação da evolução da autora e leu alguns dos poemas;
Paula Amaro – autora, poetisa a qual também já se atreveu noutros campos, como por exemplo a pintura.
A obra tem aspetos interessantíssimos que denotam momentos de solidão, mas também de esperança, de alguém que “caminha sempre”:
“...
  e peço apenas à vida cheia,
a capacidade de sonhar de novo.”
“...
Deixem-me viver! Deixem-me pensar!
Sem ter de, para isso, me calar.”
A escrita é correta e escorreita e os poemas são bem estruturados.
“...
Há um confronto
entre a razão e a emoção.
Tudo se adensa
com o fim anunciado."
Parabéns à autora e um abraço final ao Hélder Oliveira e à sua Editora Guadiana, que bastante ajuda os autores locais.
E para a semana temos nova obra, agora em prosa de José Estevão Cruz, lá estaremos – 6ª feira, 09 de Dezembro de 2016, pelas 18h e também na biblioteca Vicente Campinas, em VRSA.

António Cabrita
mr, 03.12.2016






quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

"Sembrando flores en el mar" - Aníbal Alvarez

Ontem - 30-11-2016, tive o prazer de assistir à apresentação da última novela de Aníbal Alvarez - "Sembrando flores en el mar". Autor originário de AYAMONTE, sua terra natal, mas com uma vida literária vivida durante muitos anos em Barcelona. Trata-se de escritor que já ganhou diversos prémios, com destaque para o "Ciudad de Valladolid", em 1991 e tem mais de 40 obras editadas. Colabora, de forma simples, desinteressada com o coletivo Poetas do Guadiana e já participou numa das coletâneas editadas. A obra em si visa a temática das gentes ligadas à pesca e ao mar, "al mundo marinero", aqui na nossa zona da Foz do Guadiana e enquadra perfeitamente a questão da solidão, dos homens que vão para o mar e das mulheres que ficam em terra. Tem uma leitura muito agradável - o livro, denota-se com facilidade que estamos em presença de alguém que sabe escrever bem e que é uma referência para a literatura. Ao que sabemos outras publicações virão, pois o autor tem mais de 20 novelas em casa, já concluídas. Gracias Aníbal por esta obra tan excitante y maravillosa. António Cabrita. mr, 01.12.16




sexta-feira, 25 de novembro de 2016

O CAVALO BRANCO


o bom do cavalo branco
tem uma crina bonita
os seus cabelos esvoaçam 
ao vento
quando ele aperta

e salta, trota e galopa
e é o melhor entre os melhores
por entre todos os que o rodeiam
que bom é o traquinas do cavalo branco
de cabelinhos largos ao vento

passeia por todo o lado
e é mesmo o melhor
dão-lhe de comer
e come bem o malandro do cavalo
sempre com fome

anda de estábulo em estábulo
comendo do que lhe dão
e mesmo assim sempre
mal agradecido
e rezingão e fortalhaço...


ac/vrsa
25.11.2016

sexta-feira, 18 de novembro de 2016

ANALOGIAS

A respeito de analogias diria, que se juntarmos 10 "pseudo-intelectuais" numa sala e se um deles pronunciar a palavra "merda" e outro a palavra "foda-se", estaremos em presença de uma postura intelectual de grande mérito e que carece de estudo aprofundado.
Mas se nessa sala, entrar de repente, um tipo estranho ao grupo e disser:
- "merda, foda-se".
Estamos em presença de um grande malcriadão.
Aos primeiros teremos que admitir o seu grande contributo intelectual e mais, teremos que os compreender e se assim não for somos uns incultos e uns burros.
Ao segundo, o estranho que chega, temos que o mandar educar e aprender a comportar-se.
É assim e assim terá que ser...
ac/vrsa
17.11.16

sábado, 15 de outubro de 2016

chegou o outuno

Chegou o outono
e chega outra forma boa
de estar por aqui,
de seguir vivendo
e acreditando
que podemos sempre fazer algo,
os momentos somos nós também que os criamos.

Olhar em frente
é bem melhor que olhar para trás
e para o lado,
a vida continua e nós cá vamos...



ac/mr



quinta-feira, 13 de outubro de 2016

APONTAMENTOS - NOTES


1. chinesices aos montes e por ai, um que gosta mas não quer e outro que é mas não é, nem deixa que seja.
2. um que quer ser porque quer ser e tem a confiança de... e outro que quer ser e tem a confiança de outros, a "puta da confiança" é desgraçada.
3. uns que vão em e outros que vão no 
4. os bons que são sempre bons e os assim assim que são assim.
5. se um como o que disse o que disse fosse da droite, ai ai ai o que seria disto, mas como é da gauche, vai a trouche mouche.
6. o cabelinhos brancos ao vento, zangou.-se com o cara de bolacha, questão de egos ou very important people armados aos cucos.
7. no plano internacional a coisa está gira aqui ao lado, falam muito da droite, mas a gauche tá a dar um lindo espectáculo.
8. cada vez gosto mais de não fazer nada.
9. é tão bom dar palpites.
10. e ali li li li li e pum pum pum e viva la feria da praia, espanhóis a dar com um pau e não está mau e tango que esta noite vou comer um frango.

ac/vrsa

domingo, 9 de outubro de 2016

camaleão

Somos nós
Uma perfeita mutação
Desde o primeiro ao último segundo
Da nossa existência

Somos nós
Tal como o camaleão
Uma adaptação
Ao meio que nos rodeia

Somos nós
Meros intérpretes
Das difíceis agruras da vida
Metamorfoses inconsequentes

Somos nós
Verdadeiros répteis
De língua absorvente
Que tomamos tudo o que nos rodeia

Mas tal como o camaleão                                                               
Vivemos e vivemos
E sobretudo sobrevivemos
Neste mundo de sobrevivência

ac/mr









                                                                                                                                                         
                      








quadro de Manuela Santos. incluido na colectanea "ciclo de vidas - camaleão"

poetas às paletes

Hoje apercebi-me que há poetas em Valência, em Sevilha, em Madrid, em Lisboa, no Porto, em Clareanes, em Mértola, em Coimbra, no Vale D'éguas, em Barcelona, em Bragança, em Paris, em Nova Iorque, em Roma, em Loulé, no Coiro da Burra, em Alcaçovas, em Luanda, no Rio de Janeiro, em Rabat, em Argel, em Pequim... e tantos e tantas outras cidades, vilas, aldeias, lugares, lugarejos, sítios.
É que eu pensava que só havia em VRSA, Tavira, Faro, Olhão, Huelva e Punta Umbria, eu também sou mesmo distraido.
Bem aqui são todos bons...
Como diz o meu cunhado têm todos " uns sapatinhos dir cagar à mata ".
Eu vou mas é escrever umas coisinhas e vou tentar estar mais atento.
ac/mr

quinta-feira, 6 de outubro de 2016

termos e frases de VRSA

A propósito, há termos bem da Vila, compostos, ou que se compõem e outros simples, de utilização sempre que necessário, a saber: . vaca galo . estouca...gando . trambulazana . biju . trombone . à fedoca . estalagaço . trompaço . bujarda . dá-me igual ao litro . bai trabalhar p'rá doca . brócaço . lanzudo . pedaço d'urso . baite imbora xóco . lambeta . graxista . bai p'la sombra cu sol pica . acaba já mó . tá o mar feto num cão . tá a merda mai junta c'areia . ainda te prego c'alcofifa da cara . lambedouro . balde de segóvias . sabes mai cá popa . arreia já essa merda . o que tu queres tá murcho . baite já andando . bai lavar o cu à maré . laivoso . cagão . caganeroso . dá-me uma esquita . mó tás mai parvo que se lá quem . pedaço de parvo . parvalhão de merda . é só caganas . tou atascado E outros há que não me lembro, pode ser que alguém queira acrescentar mais qualquer coisa. ac/mr 051016

quarta-feira, 5 de outubro de 2016

dEliRânCIAS

E como já cá estou
pensei...
para a praia vou.

E fui mesmo
e pronto
dia de levante
com calor
e para disfrutar.

E se p'rá semana
estiver diferente
o disfrute
terá que ser consequente.

Vive-se, vivo
com o que há
e para que conste
problemas também há
e para eles uma solução
daremos, darei.

Tanto mais que agora
até descobriram que
a famosa cafeína
é boa p'ró menino
e p'rá menina

DELIRO EM delirância
no prazer de por cá seguir
com sol, chuva ou vento
e frio ou outro elemento.
e VIVA esta república... que não há outra.


ac
mr, 05102016

quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Cabelinhos Brancos ao Vento

Há uns anos alguém avisado e batido no tema, alertou-me para o culto do ego de cada um.
Na área da escrita, a coisa era algo dificil de classificar.
Pois se antes era difícil, hoje é muito mais.

E vem a propósito, dizer e falar do editor, poeta, escritor, homem de prémios e de amores renovados, o tal que só faz e edita o que é bom e que escreve bem, um amigo a seu respeito afirmou:
-"O "Cabelinhos Brancos ao Vento" escreve-me muito bem, só que não se percebe nada do que escreve e é extremamanete denso".

Eu cá não, eu cá acho que é mesmo muito bom...
Bem vou escrever umas coisitas.
Boa noite



AC
MR, 29.09.2016

quarta-feira, 28 de setembro de 2016

poetas do/del guadiana

Desde 2011 que um grupo de pessoas, de um lado e outro do Guadiana, aqui na sua foz, de forma desinteressada, começou a produzir e a ler poesia em vários locais.
Esse grupo, que se autodenominou "POETAS DO/DEL GUADIANA", foi gradualmente crescendo e difundindo o gosto pelas letras e em especial pela poesia.
Ainda continuamos aqui, mas infelizmente gerámos tanta inveja junto de tantos, sobretudo de "líderes literários", que têm vindo com muita força a tudo fazer para que a coisa se vá "desfazendo". Bem seja pela forma pontual como convidam uns e não outros, bem seja pela forma como relevam várias situações importantes.
Mas há muitos de nós que vão e bem nos cantos de sereias...
A todos desejo muita sorte e se não conseguirem o Nobel que continuem a lutar pois ainda lá chegarão...
Boas semanas literárias que eu vou escrever umas coisinhas.
Viva os poetas cara de bolacha
Viva os poetas intelectuais-musicais
Viva os poetas viajantes
E não se zanguem e falem muito, porque são todos muito bons e tudo o que escrevem é mesmo de grande qualidade.
Nota: Acresce a tudo isto que alguns proscritos são mais de direita que outros.
ac
mr, 28.08.2016

sexta-feira, 23 de setembro de 2016

otoño

Cuando llega el otoño
Cuando empieza a caer la parra
Ya viene el tiempo de pensar
Hacia dónde vamos
Quien somos y lo que queremos
Yo quiero ser poeta…
Hacer mis juegos con las palabras
Leer lo bonito que me cerca
Y sobre todo añadir felicidad a mi existencia

Va por los poetas del Guadiana.

Antonio Cabrita

Manta Rota
22.09.16

quarta-feira, 21 de setembro de 2016

sábado, 17 de setembro de 2016

ESTAR E IR E PRONTO



ir aqui e ali
andar por ai
sair na foto
mencionado na...
falado a partir de...
é bom o livro?
já leu?
não só por alto
e o que é isso do "só por alto"?
é na transversal...
ah, certo, "t'entendo mó..."
mas a coisa está interessante
sim... mais do que "t'entendo"
sim, eu também quero, pois
podes vir
levo algo?
o quiseres, um livro talvez
e o que vamos ver?
olha logo se vê
deve ser livros
e para que levo o livro
para verem que andas a ler algo
mas estes moços sabem
ora, sabem é muito
bons moços
importa contactos
claro e de fora
de preferência,
e de novo as fotos
para verem onde estamos
e com os "importantes"
para verem com quem estamos
de preferência,
e já agora
não se come, nem se bebe
sim não há problema
oferecem e a gente aproveita
vinho, diz a etiqueta que tem que ser
tinto, tinto mó
mas não aprecio, "ná gosto"
olha faz que gostas e faz durar
o quem? o vinho mó...
e comemos o que houver
o couvert?
mó o que houver...
tás armado em francês ou quem?
e assim se fazem as jornadas
quem não gosta, santo remédio - não vá...
siga a “literança” que rima com pança
vamos todos “literar”
e a maltinha vai adorar


ac/mr

17.09.16


nota: nem pretendo, nem quero nada, nem quero que isto se compare a qualquer coisa de    literário, são notas soltas e de gozo.

quinta-feira, 15 de setembro de 2016

é no silêncio da noite

é no silêncio da noite
quando a terra repousa
e ficamos por aqui
que chegam os momentos
de imaginação de reflexão
voamos pelo mundo
e combinamos de tudo
com todos e com ninguém
controlamos a gosto o que queremos
e se for com musica, ai então
o nosso voo ganha asas
e vai, vai, vai
porque será que noutros momentos
não será também assim
porque será que noutros voos
os destinos são tão diferentes
ac/mr
15.09.16

segunda-feira, 29 de agosto de 2016

GASTRONOMICAMENTE POETANDO

em agosto quente e seco como Deus o fez
de calores que já não lembram a ninguém
cruzei neste dias de fim de mês
coisas boas e coisas de coração
de prazer e degustação.

na sexta em começo e tamanho
entradinhas à maneira de queijo e compota
enchidos de porco de bolota
e uma prova de carne do mesmo
grelhadinha e "saborosota".
passei pelo passado e "medievalei" com comidas de antanho
escabeche de cavalas em vinagre de cidra
empada de atum e salada de abóbora assada e requeijão
sopa rica de peixes e mariscos
barriga de porco ibérico com migas
e fui uma enchidela das antigas.

no sábado então convivi
com compadre que há muito não via
e com uma bela de uma fritada de choco e biqueirão
acompanhadinhos de uma salada montanheira
e à maneira
pela tarde noite
foi o atum que imperou
maionese, estupeta e lombinhos no forno
na confraria que me cativou, a do atum
e catrapum.

em casa no santo domingo
fiz uns bons de uns salteados
de camarão, cogumelos e assados
batata, ovos e manjericão
e fechei o dia
com o famoso arroz de lingueirão
na companhia de casal
também da gastronomia.

e a tudo isto amigos,
chamo eu - poesia gastronómica
nem boa nem má é aquela que eu gosto
é elegante e também cómica.


ac/mr
28.08.16


quarta-feira, 24 de agosto de 2016

Y ES QUÉ !!

pasa la vida
pasan los años
se van los negros
y vienen los blancos...
y luego, luego
que és verano
a la playa
y ya está.
no para quitar
los blancos
pues los negros
no vuelven más
pero si
para seguir viviendo
y bien
y con alegria
y aún que pase la vida
la vida ay que vivirla bien
y nada más.


ac/mr


segunda-feira, 22 de agosto de 2016

SOMBRAS


sombras
refugio das inclemências
protectorado
contra os calores
a doce forma
de enfrentar
este tempo
que queima
por dentro e
por fora
que atormenta

sombras
breve sensação
de frescura
que não dura
mas ajuda
enquanto pode

sombras
do dia 
da tarde
da noite
sombras
da nossa alma
do nosso ser
da nossa vida
sombras... simplesmente
ac/mr

terça-feira, 16 de agosto de 2016

Lombinhos de atum no forno à moda do António

Lombinhos de atum no forno à moda do António:
. tomate
. alho
. cebola
. pimento - verde, amarelo e vermelho
. batata
. azeite e sal grosso quanto baste
. lombos de atum
- os ingredientes devem ser partidos aos bocadinhos e acrescentados ao atum, que deverá ir no meio.
- vai tudo ao forno em cru e fica lá durante três quartos de hora, a uma temperatura de 220º.
ET VOILÀ...


terça-feira, 9 de agosto de 2016

moi - même et la plage et la mer...



e as gotas de água
salgada pulalam
por meu corpo
ao fundo o mar de prata
e já vai sendo hora
de comer um pastel de nata

melhor que uma bolinha
de berlim
... como assim?

e bom dia malta do
perlim pim pim.

ac/mr

sábado, 6 de agosto de 2016

viagens ao euro

A respeito de viagens ao euro
e porque já enjoa
vão-se catar todos
e bem catados
melhor ainda
vão cagar...
os que foram de borla
os invejosos que não foram
os comentadores
oficiais, não oficiais e outros
os políticos
os da esquerda
os do centro
os da direita
todos
é que a vida é mesmo assim
há falta de tema
que venha um problema
ganhámos, porra
ac
mr, 06.08.16

domingo, 3 de julho de 2016

“Gosto tanto de caganerosos”


gosto tanto que não gostes de mim
gosto tanto de sentir que não me olhas
gosto tanto de saber que me repudias
gosto tanto de saber que mandaste repudiar-me

pois assim te posso mandar a comer isso mesmo
pois assim te posso mandar para o quinto cume da montanha
pois assim te ignoro e te mando mesmo até ao sítio que tu sabes
pois assim posso "versejar" o que me apetece

cagana e recagana, para ti e para quem te acompanha
recagana e cagana se não percebes
e ainda muita sorte e mais disso mesmo
que bem ensinado estou, por quem me ensinou

dominas isto, seja com quem for
"adquires" a preços módicos, seja quem for
e dás "amizade" enquanto te interessar
boa!! mas de mim não levas nada

já te ouvem de novo
já te aplaudem e és "voz importante"
o poder é o que é
mas comigo não é mesmo, mas mesmo não

importante, a importância
também acaba
também se esgota
"gosto" de ti e "adoro" as tuas caganas.

ac
mr, 02.07.16

Nota: Espero que se entenda, que se trata de um mero exercício linguístico e de expressão escrita, sobre algo que se passa na Oceânia - esse continente, para nós tão desconhecido.

sexta-feira, 24 de junho de 2016

Bom Dia Europa, bye bye United Kingdom

E agora vêm os teóricos teorizar e os espertos "espertizar" e os extremistas " extremizar" e aquilo que tanto custou a conseguir lá vai.
O que eu sei, com defeitos muitos, é que a União Europeia, deu-nos e dá o que antes nunca tivemos e daqui para a frente o que será o futuro, não sei... Isto tá bom para as Le Pen, para os Grillo, para todos os extremistas.
Eu sou de uma geração em que pensávamos em unir, juntar, cooperar, partilhar, o que está para vir não me agrada.
Exit, é saída, em inglês e não êxito - sucesso, em português, aqui pode residir muita, mas mesmo muita diferença.
Razão tinha De Gaulle, quando os ingleses recuaram no inicio da CEE,

Bom Dia Europa, bye bye United Kingdom

sábado, 18 de junho de 2016

Have a nice day

Pois é assim:
- há sítios, festejos. eventos e muitos outros "ítios", "ejos", "entos", donde eu não meto os pés porque não quero, não me apetece, estou farto de ver as mesmas caras de parvos - sempre;
- fico melhor com um grupo de poucos amigos, mas bons e verdadeiros e de preferência em volta de algo palpável...;
- admito que muitos dirão o mesmo de mim, são direitos que nos assistem a todos... nem mais.

have a nice day


ac
mr, 18.6.16





segunda-feira, 6 de junho de 2016

A PROPÓSITO DE COISAS "BEM SUCEDIDAS"

Agora, ao que parece, falar para quatro paredes ou entre paredes, com os mesmo de sempre e com olhos nos umbigos e num constante auto-elogio, faz converter o acto em sucesso.
Dizem que rompem e derrubam fronteiras, pois bem e as novas que vão criando.
Existem grupos, colectivos, que se esquecem, com má intenção e provocando intencionalmente a divisão entre as pessoas.
E é que já não se trata de qualidade ou não, trata-se sim de paranóia repetida e aproveitamento bacoco de gente que está distraída.
Pois vida curta se prevê a quem assim procede.
Bom dia.


ac
mr, 6.6.16

sábado, 4 de junho de 2016

Eu sou provinciano e com gosto...

Pois é mesmo assim, sou da província e fosse eu de outro sítio que não o Algarve, gostaria de qualquer outro, só não gostaria era de ser da capital.
Chamem-me provinciano, que o sou e com gosto.
E quando nos queixamos das desqualificações de alguns, não é por falta de capacidade de encaixe, não é porque em particular não gostemos, não é por nos sentirmos "inferiores" é sim porque na prática os verdadeiros "tronchos", os verdadeiros "feios", os verdadeiros "idiotas", são aqueles que passam a vida metidos no subsolo, que para irem à praia vêm para cá - Algarve, feitos uns "zézinhos" ou então vão p'rá "bicha da caparica", que para comerem só comem trampa gourmet e enjoam, enjoam e irritam, irritam.
Mas o "busilis" da coisa está na verdadeira inveja que nos têm, ai sim, na falta de descanso que têm... das cabecinhas.
Pois passem bem, que vou para a praia.

ac
mr, 4.6.16


Nota: kiss's ao XOSÉ CIDI, ao NUNO MARKL, ao VASCO PALMEIRIM e a toda a coleção de parvos e parvas e cagões e cagonas que vegetam on Lisbon...


segunda-feira, 30 de maio de 2016

AMARELO SOU

"Gosto" muito do que leio, de "altas" figuras, que "pontualizam" diariamente a sua opinião, aqui no "FAZIBÓKI"...
"Gauche people", para quem a democracia só o é, quando o é no sentido e de acordo com o que eles defendem (ou elas).
Ofendem, adjectivam, criticam e não gostam de amarelo...
Bem, bem excelentes democratas, gente de eleição.
Pois é hoje que vou estrear uma camisa amarela.
Nota: só tenho é pena de não ser "betinho".
ac
mr, 30.5.16


domingo, 29 de maio de 2016

As palavras de Paula

Que gosto guardo
filho, és simplesmente
primavera

Adoro borboletas
sinto pintura
vem amigo

A noite, sem-abrigo
tens código
sinto sentir
serás dor

Quero ver-te
olho-te, fica
há sempre palavras
em ti

Partiste mas
nasceste
gostava contigo
ser mar, emergir flor

ac


nota: Há umas semanas atrás, a minha amiga Paula Laranjo, concedeu-me a honra de lhe apresentar o seu livro - ESSÊNCIA DA ALMA, na Biblioteca Municipal Vicente Campinas, em VRSA.
A obra é linda e de leitura muito acessível, com títulos simples.
O livro tem 36 títulos - poemas, todos eles no seu conjunto dão um poema.

FRANCESINHAS

Uma boa francesinha
é bom e alimenta
incrementa a pancinha
alegra e sustenta

Os meus amigos
comeram francesinha
não gostam de figos
bebem muito na mesinha

Comeram e bem
a boa da francesinha
e depois quem
paparam outra coisinha

Crepes comeram
os marmanjos
whyskys e pam
e ficaram uns anjos

ac

quinta-feira, 26 de maio de 2016

o "pitrólio".

Esta década marca uma evolução curiosa, não sei se é positiva ou negativa, mas é curiosa.
Os autarcas - vulgo os Presidentes das Câmaras, depois de nos anos 80, 90 e primeira década do novo milénio, terem destroçado todo o litoral algarvio, com o pretexto do desenvolvimento, estão agora muito preocupados com o petróleo, o "PITRÓLIO"...
Abençoada crise dos últimos anos, que no mínimo teve a bondade de acabar com a treta da construção a qualquer preço e de qualquer maneira.
Bem e como diz um confrade do norte, depois falamos...
ac
vrsa, 25.5.16

quarta-feira, 13 de abril de 2016

Esta coisa da arte...

Esta coisa da arte, das letras, da cultura em geral, tem que se lhe diga...
Faz lembrar o anuncio da Vodafone, quando um dizia ao outro:
- "fala, fala à vontade...".
Pois é e fala para quem, a quem queremos dirigir a nossa mensagem?
A "intelectualização" da cultura, o dirigir o que fazemos e o que dizemos, para um núcleo restrito de "intelectuais", tomando os outros por burros e incultos, é mau e em nada ajuda para a melhoria dos índices... os que se queira escolher (já agora).
A mim não me satisfaz salas com 3 a 4 pessoas na mesa e outras 4 ou pouco mais, a assistir.
A mim não me satisfazem pessoas, que se auto elogiam e se tomam em grande linha de conta, com ego bem elevado e que não passam de bons candidatos para fazerem o atrás referido anuncio da Vodafone.
A mim não me satisfazem eventos e publicações apresentados com grande pompa e circunstância e rodeados de apreciações por encomenda.
A mim não me satisfazem os "pseudo gurus" culturais, que tudo controlam e tudo dominam e que se zangam muito facilmente.
Acima de tudo o que me satisfaz é seguir tal como estou, com calma e sempre com muita humildade e com muita tranquilidade, vendo, lendo, ouvindo e aprendendo.

Boa noitinha

ac
mr, 13.04.16

quinta-feira, 31 de março de 2016

JURA GASTRONÒMICA ( à laia de jura)

nem sempre a quem parece
o que parece é
a muitos que me imaginam
um tremendo comilão
ponham de parte tal razão
ainda que agora comece, nam !...
o que vos direi é verdade é
degustarei e não comerei tudo o que me apetece.
gordo sou
pois que seja
lisinho ficarei
assim, pois contarei
nada que não preveja
e um dia direi, gordo já não sou.

ac
mr, 31.013.16