quarta-feira, 30 de junho de 2010

Ao meu amigo Hélio



Acabo de saber, de uma notícia, que para mim foi um autêntico sopapo no estômago.
Morreu o Hélio.

Pese embora conhecê-lo desde os meus tempos de miúdo, só nos últimos 12 anos é que tive com ele uma convivência - que posso mesmo classificar de amizade.

Lembro-me de uma vez ter assistido em Alcoutim (ainda não me conhecia), a uma cena que marca bem o seu carácter. Estava o Hélio a preparar-se para uma actuação, do Grupo de Cantares Tradicionais, numa "Subida e descida do Guadiana", quando um jovem velejador lhe perguntou:
- "Atão só há gajas p'a cantá ?"
Ao que ele lhe respondeu:
"Olha lá merda e eu tenho saias".
Resposta pronta e sempre com graça.

As vicissitudes da vida levaram a este trágico acontecimento...

Amigo lá onde estejas
Realiza todos os teus projectos
Abraça todas as tuas ideias
Manda à merda todos os "porqueras" desta vida

Vou sentir falta das tuas visitas
Para o nosso café
Para falarmos de tudo o que falávamos
Para ouvir muitas das tuas experiências

Até sempre
Os bons nunca morrem
Estão noutro plano
Noutro estado